Dr Jorge Vasquez

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Diástase Abdominal

Diástase dos músculos retos: tratamentos eficazes e avançados

A diástase abdominal é uma condição que afeta um grande número de pessoas, especialmente mulheres, após a gravidez ou com o envelhecimento.

O que é a diástase dos músculos retos?

A diástase abdominal ocorre quando os músculos retos abdominais se afastam, deixando uma separação entre eles.

Clinicamente, se manifesta como uma protuberância na parte central do abdome, principalmente quando o paciente realiza esforço físico, tosse ou flexiona o tronco.

Além de causar desconforto estético, a diástase também pode levar a problemas funcionais, como dor nas costas, fraqueza abdominal e problemas posturais

Diástase e hérnia abdominal: entenda a diferença e a relação entre elas

Você já se perguntou se diástase e hérnia abdominal são a mesma coisa? Embora possam parecer semelhantes, essas duas condições têm características distintas.

A diástase refere-se ao afastamento dos músculos na linha média do abdome. Por outro lado, as hérnias ocorrem quando um órgão ou tecido protrui por um orifício na parede abdominal.

Na diástase, mesmo com o afastamento dos músculos, a aponeurose (a camada de tecido firme responsável por manter os órgãos dentro da barriga), permanece intacta (sem orifícios).

Mais qual a relação entre essas duas entidades? Nos pacientes com diástase, o enfraquecimento dos tecidos na região central do abdome aumenta a predisposição para a formação de orifícios e, consequentemente, para o desenvolvimento de hérnias.
É importante destacar que a relação entre a diástase dos músculos retos e as hérnias é complexa e multifatorial. Embora a diástase seja considerada um fator para o desenvolvimento das hérnias abdominais, outros fatores também podem contribuir para o seu surgimento. Podemos citar: obesidade, tosse crônica, levantamento de pesos e constipação intestinal.

Tratamento da diástase abdominal: descubra as opções disponíveis:

1. Fisioterapia

A fisioterapia é frequentemente recomendada como tratamento inicial para a diástase dos músculos retos abdominais, principalmente nos graus mais leves.  Os fisioterapeutas especializados podem fornecer exercícios específicos para fortalecer a musculatura abdominal e ajudar a reduzir a separação entre os músculos.

Alguns dos exercícios comumente recomendados incluem contrações isométricas, exercícios de respiração diafragmática e exercícios de estabilização do core. A fisioterapia também pode envolver técnicas de liberação miofascial para melhorar a flexibilidade e a função dos músculos abdominais. Embora a fisioterapia possa ser eficaz para casos leves a moderados de diástase, em alguns casos mais graves, pode ser necessário considerar a opção de cirurgia. Ademais, quando o paciente suspende a realização desses exercícios a diástase tende a recidivar.

2. Cirurgia aberta (abdominoplastia e mini-abdominoplastia):

A cirurgia aberta é uma opção tradicional para o tratamento da diástase dos músculos retos abdominais. Nesse procedimento, é feita uma incisão (corte) no abdômen para acessar os músculos afetados. O cirurgião então realinha os músculos, suturando-os para reduzir a separação.

Em alguns casos, também pode ser necessário remover o excesso de pele para obter resultados estéticos satisfatórios (abdominoplastia). A cirurgia aberta geralmente requer um tempo de recuperação mais longo em comparação com as técnicas minimamente invasivas.

Esse tipo de cirurgias comumente é realizada junto com a equipe da cirurgia plástica e indicada, principalmente, naquelas pacientes que tem um excesso de pele e gordura abdominal importante.

3. Tratamento da diástase por videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma técnica minimamente invasiva muito  eficaz no tratamento da diástase, permitindo uma recuperação mais rápida.

Durante o procedimento, três diminutas incisões  de entre 0,5cm – 1cm são feitas na parte inferior do abdome (geralmente escondidas na linha da calcinha). Através desses pequenos cortes, uma câmera e os demais instrumentos cirúrgicos são inseridos, para realizar a cirurgia.

Uma das principais vantagens da videolaparoscopia no tratamento da diástase é a menor agressão aos tecidos saudáveis circundantes. Isso resulta em menos trauma muscular em comparação com a cirurgia aberta tradicional. Além disso, a videolaparoscopia geralmente apresenta menor risco de complicações, menor dor pós-operatória e menor probabilidade de formação de cicatrizes visíveis e pouco estéticas.

Outro benefício significativo da videolaparoscopia é a rápida recuperação e retorno às atividades diárias normais. A maioria dos pacientes submetidos a esse procedimento pode retomar suas atividades rotineiras em um período mais curto, quando comparado à cirurgia aberta.

No entanto, é importante ressaltar que nem todos os casos de diástase abdominal são adequados para tratamento por videolaparoscopia. A elegibilidade para esse tipo de tratamento dependerá de vários fatores, incluindo a gravidade da diástase, a saúde geral do paciente e a avaliação do médico. Por isso, é essencial consultar um cirurgião especializado para avaliar a melhor opção de tratamento para cada caso específico!

Confira, no seguinte vídeo, como é realizada a sutura dos músculos por videolaparoscopia.

4. Tratamento da diástase por cirurgia robótica (DaVinci): precisão e inovação

A cirurgia robótica, utilizando o sistema DaVinci, é uma abordagem inovadora para o tratamento da diástase dos músculos retos abdominais. Nesse procedimento, o cirurgião controla os instrumentos robóticos a partir de uma estação de trabalho, guiado pelas imagens em 3D transmitidas pelo sistema. O robô oferece maior precisão e flexibilidade nos movimentos do que as mãos humanas, permitindo uma correção mais detalhada da diástase.

Vantagens da Cirurgia Robótica para o tratamento da Diástase

  • Melhor visão e precisão: o sistema DaVinci proporciona uma visão em 3D de alta definição, permitindo que o cirurgião visualize detalhes anatômicos com clareza. Além disso, os braços robóticos são capazes de movimentos mais delicados e finos, facilitando a correção da diástase.
  • Menor trauma cirúrgico: assim como na videolaparoscopia, a cirurgia robótica requer pequenas incisões, resultando em menos trauma e cicatrizes menores.
  • Menor sangramento e risco de infecção: devido à precisão dos movimentos e à visualização aprimorada, o risco de sangramento e infecção é reduzido.
  • Maior facilidade para realizar a correção de diástase de grau maiores, quando a realização de técnicas mais complexas é necessária.
  • Possibilidade de realizar a correção da diástase por baixo dos músculos (sem descolar a pele e a gordura embaixo dela, como na videolaparoscopia). Com isso, o paciente tem menor risco de formação de seromas e da necessidade de drenos.

Cuidados pós-cirúrgicos da diástase: o que fazer após o procedimento cirúrgico

Após uma cirurgia para a diástase dos músculos retos abdominais, é essencial seguir as orientações do seu cirurgião para garantir uma recuperação adequada. Alguns cuidados pós-operatórios comuns incluem:

  • Descanso: é importante descansar e evitar esforços físicos intensos durante as primeiras semanas após a cirurgia.
  • Uso de cinta abdominal: o uso de uma cinta ou faixa abdominal pode ajudar a fornecer suporte adicional aos músculos e promover uma cicatrização adequada.
  • Acompanhamento médico: consultas de acompanhamento são necessárias para monitorar o progresso da recuperação e tratar qualquer problema ou preocupação que possa surgir.
  • Exercícios específicos: após algumas semanas, seu cirurgião pode recomendar exercícios de fortalecimento abdominal específicos e fisioterapia para auxiliar na recuperação e na reconstrução da musculatura
  • Drenagem linfática: depende do tipo de cirurgia realizado.

Em resumo…

A diástase abdominal é uma condição comum e possui um tratamento eficaz. Em casos de diástases pequenas, a fisioterapia é uma excelente opção. Para pacientes com diástase e excesso de pele, os melhores resultados estéticos são alcançados por meio de cirurgias combinadas com cirurgia plástica.
Em casos mais avançados, seja em pacientes sem excesso de pele ou na presença de diástase associada a hérnias da parede abdominal (como umbilical, epigástrica, etc.), as opções mais eficazes são a cirurgia videolaparoscópica e a cirurgia robótica. Ambas as técnicas oferecem vantagens significativas, como menor trauma cirúrgico, menor dor pós-operatória e recuperação mais rápida.
No entanto, é importante considerar os riscos associados a qualquer procedimento cirúrgico e seguir cuidadosamente as orientações do seu médico durante o período pré e pós-operatório.

Autor: Dr. Jorge Walker Vásquez Del Aguila.
CRM-MG 65607
Membro Titular da Soecidade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal – SBH

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