Cirurgia Robótica: Uma Revolução na Medicina do Século XXI
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Descubra como a cirurgia robótica está transformando o campo médico com sua abordagem minimamente invasiva. Saiba mais sobre os benefícios dessa estratégia avançada e sua história fascinante.
A cirurgia robótica revolucionou a maneira como os cirurgiões realizam procedimentos médicos no século XXI. Essa estratégia minimamente invasiva foi desenvolvida com o objetivo de reduzir o trauma cirúrgico, permitir a realização de procedimentos mais complexos e superar as limitações da cirurgia laparoscópica. Robôs cirúrgicos são dispositivos programados para executar tarefas específicas, atuando como uma interface entre médico e paciente. É importante ressaltar que o robô não age de forma autônoma, mas sim em conjunto com a equipe médica.
História da Cirurgia Robótica: De Procedimentos à Distância a Avanços Tecnológicos
Você sabia que a cirurgia robótica tinha como objetivo inicial permitir a realização de procedimentos à distância, fornecendo assistência médica a astronautas e militares nos campos de batalha sem a presença física do cirurgião?
A NASA, a DARPA e o Instituto de Pesquisa de Stanford (SRI) foram pioneiros nos estudos relacionados a essa tecnologia.
A primeira cirurgia robótica ocorreu em 1985, utilizando o braço robótico industrial PUMA 560, com o objetivo de realizar uma biópsia cerebral orientada por tomografia. Desde então, essa modalidade estendeu-se a diversas especialidades médicas, como Urologia (1988, Probot), Ortopedia (1992, Robodoc) e Ginecologia (1998, Zeus).
Em 1994, o suporte para câmera laparoscópica robótica AESOP foi aprovado pelo órgão regulador norte-americano US Food and Drug Administration (FDA). Esse suporte proporcionava estabilidade de imagem e permitia que o cirurgião tivesse uma das mãos livres. Pouco tempo depois, a mesma empresa desenvolveu o Sistema ZEUS, que permitia o controle de até três braços robóticos cirúrgicos.
A primeira cirurgia realizada pela telepresença robótica da história, chamada de “Operação Lindbergh“, ocorreu em 7 de setembro de 2001. Utilizando o sistema cirúrgico robótico ZEUS e uma conexão de fibra óptica de alta velocidade, o professor Jacques Marescaux e sua equipe em Nova Iorque realizaram uma colecistectomia em um paciente na cidade de Estrasburgo, na França. Esse marco histórico recebeu o nome em homenagem ao aviador americano Charles Lindbergh, que foi a primeira pessoa a sobrevoar sozinho o Oceano Atlântico.
Em 2003, a fusão da Computer Motion com a Intuitive Surgical, sua rival, permitiu o desenvolvimento do sistema cirúrgico Da Vinci. Ao longo dos anos, o Da Vinci passou por grandes atualizações, incluindo a adição de um quarto braço, proporcionando maior controle ao cirurgião durante a retração e dissecção, sem depender de um assistente. Além disso, foram incorporadas a visão de alta definição (HD), a exibição de várias imagens simultâneas, o uso de tecnologia infravermelha e a fluorescência para identificação em tempo real das principais estruturas anatômicas.
Aplicações da Cirurgia Robótica: Avançando em Diversas Especialidades Médicas
O sistema cirúrgico robótico Da Vinci tem sido amplamente utilizado com sucesso em procedimentos de diversas especialidades médicas. Sua precisão e capacidade de proporcionar uma visão tridimensional em alta definição revolucionaram o campo cirúrgico.
Equipamentos Essenciais para Cirurgia Robótica
O sistema Da Vinci, atualmente o robô cirúrgico mais utilizado, consiste em três componentes principais:
- Console: Nesse console, o cirurgião opera sentado e utiliza quatro pedais e dois controles manuais. Através de um software avançado, o médico direciona o movimento dos braços robóticos com base em seus próprios movimentos dos dedos.
- Carrinho Cirúrgico: Esse aparelho possui quatro braços robóticos e os instrumentos que executam os comandos do médico.
- Carrinho de Equipamento: Esse carrinho é composto por uma câmera, uma fonte de luz e dispositivos de energia.
Vantagens da Cirurgia Robótica: A Busca por Resultados Melhores
A cirurgia robótica oferece várias vantagens em relação aos métodos tradicionais. Entre elas estão:
- diminuição do tempo de internação
- o paciente retorna mais rápido as suas atividades diárias
- menor dor pós-operatória
- melhor resultado estético
- menor risco de infecção no local cirúrgico
- menor risco de perda sanguínea.
Os robôs cirúrgicos fornecem uma visualização tridimensional em alta definição e uma visão panorâmica da câmera, superando as limitações das imagens bidimensionais da laparoscopia convencional. Além disso, os instrumentos robóticos possuem sete graus de liberdade, permitindo movimentos semelhantes a punhos (“EndoWrist”), o que facilita dissecções complexas e suturas. Em contraste, os instrumentos laparoscópicos rígidos convencionais possuem apenas quatro graus de liberdade, o que restringe a movimentação mecânica.
Outra vantagem importante é a estabilização dos instrumentos, eliminando o tremor das mãos do cirurgião, ao contrário da laparoscopia convencional, onde os movimentos são amplificados. Além disso, a cirurgia robótica permite que o cirurgião realize os procedimentos sentado, aprimorando a ergonomia.
Conclusão
Desde seus primeiros passos na década de 1980 até os sistemas avançados atuais, a cirurgia robótica tem se mostrado uma ferramenta valiosa na busca por resultados cirúrgicos cada vez melhores.
A cirurgia robótica é uma estratégia inovadora que está revolucionando a prática cirúrgica. Com seus avanços tecnológicos, ela oferece benefícios significativos para os cirurgiões e, principalmente, para o paciente.
É importante ressaltar que a cirurgia robótica requer um conjunto único de habilidades, exigindo maior especialização por parte da equipe cirúrgica, incluindo cirurgiões, anestesistas e enfermagem, que devem estar devidamente treinados e certificados.
Autor: Dr. Jorge Walker Vásquez Del Aguila.
CRM-MG 65607
(31) 99333-8864
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